terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ultimamente eu tenho pensado muito em coincidência (na inexistência dela, para ser mais exata), e isso tem me feito repensar nos fatos que tem acontecido nesses últimos dias, de certa forma isso me assusta, essa palavra só deve ser util para enganar (ou consolar) os bobos, e talvez ela tenha me sido útil varias vezes. Sorte, azar ou simplesmente coincidência, elas me enganaram por inúmeras, eu não sei se isso me torna ainda mais boba, mas passei a descrer em coincidências, porque as coisas não podem ser simplesmente assim por simultaneidade. Não. Elas passam a acontecer de forma "certa" (talvez), coincidência não deve existir, ela foi só mais uma palavrinha criada no dicionário para justificar circunstâncias injustificáveis.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ele estava ali parado na minha frente e percebi que o amor é uma coisa louca e instantânea,e olhou bem no fundo dos meus olhos e percebi que é com ele que irei passar o resto da minha vida.Mas há quem diga que só se ama uma vez,pode ter certeza que quem disse isso está errado ou completamente doido,porque todos os dias quando eu acordo eu só tenho uma certeza,que eu vou ama-lo mais uma vez e assim respectivamente por muitos e muitos dias.Porque "AMAR" não é somente uma palavrinha a mais no dicionário que não há significado plausível,é um sentimento inexplicável.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gostaria de fazer uma poesia, nela precisava conter tudo que venho querendo dizer, onde jamais seria rude. Gostaria de escrevê-la em um papel simples, um guardanapo, colocaria uma foto de um lugar, não qualquer, um especial. Haveria uma rosa e o farol, o desenho dele. Por fim, colocaria tudo isso numa caixa fechada com uma fita, e você a receberia por correio. Quando a caixa chegasse pra ti, teria escrito na parte superior do papel "Não ler agora", logo, seu telefone tocaria, e em minutos eu chegaria, para ler, e logo as coisas ficariam claras. Então, após isso, nos despediríamos com um abraço amigo e pediria para guardar a caixa em um local onde sempre pudesse vê-la, com o objetivo de toda vez que olhasse para ela se lembrasse de mim com um sorriso. Porém, digo-lhe logo, não levo jeito para poesia e não teria essa coragem, jamais, mas se lembrar de mim sorria sempre que algo lhe vier na memória, pois seria assim que gostaria que fizesse.

Catavento!

Aquele catavento, nunca o vi tão agitado, parece que os ventos andam fortes, parece que permanecem ali. Aquele catavento, ele não quer parar, parece que quando os ventos somem por um tempo quando voltam provocam vendavais. Aquele catavento, aquele vento. Ele não catava vento, mas o vento chegou.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Se eu pudesse ter tudo que eu desejo de uma só vez, eu não desejaria, tudo está sempre ligado aos novos objetivos a serem alcançados, desde as coisas menores aos grandes sonhos futuros, e eu vou querer sempre algo mais, e essa é uma das partes boas de ter nossos desejos, além de alcançá-los e desfrutá-los. Se eu pudesse ter tudo o que desejo agora, talvez eu não desejasse, nada mais me faltaria. Creio que as coisas devem ser da maneira como são, e que meus desejos devem ser alcançados um a um, ou quem sabe talvez não sejam alcançados. Ainda que um gênio aparecesse de uma garrafa e me concedesse um desejo, eu desejaria que as coisas continuassem iguais a como elas estão agora, como sempre estão, como não esteve anteontem, porque eu sei que cada coisa vai acontecer em seu devido tempo e que a graça de desejar é poder esperar para alcançá-la e alegrar-se da "vitória", enjoar ou não, e querer sempre um novo. Acho que a vida é mesma feita de desejos, se eles não existissem talvez não encontraríamos o seu sentido, acho que buscamos e achamos esse sentido todos os dias, nos nossos desejos e sonhos, que renovam-se a cada dia.
Achei um álbum muito antigo, encontrei nele algumas lembranças esquecidas. Havia fotografias bem velhas que transpareciam laços cortados pelo tempo ou desgastados. Eram fotografias de pessoas onde estavam quase apagadas. Lembrei-me de cada momento, de cada pessoa, de cada despedida, de cada esquecimento. Lembrei-me de alegrias que tive ao lado de cada um, vi como eles vão embora rapidamente e tendem a nunca mais voltar, grande parte não são mais os mesmos. Toda vez que vejo as imagens eles revivem em minhas memórias, podem ate terem ido embora, mas ainda estão aqui. Juntei todas elas e guardei bem o álbum, porque ali estão guardados pessoas que poderei não mais encontrar, momentos que jamais irão se igualar. Em meio a essas lembranças me dei conta de quantas pessoas já estiveram por aqui, algumas passaram anos ao meu lado construindo um castelo de areia, mas simplesmente se foram e o tempo cuidou de soprar cada grão de areia e levá-los para bem longe, houve aqueles que voltaram, mas o castelo já se fora ou quase por completo, uns poucos conseguiram reerguê-lo, mas os grãos nunca mais serão os mesmos.
Distante. Nunca estive tão distante, tava ali a todo tempo, sentada, aquelas luzes acesas que eu via sem enxergar, tentei falhamente não deixar transparecer a tempestade de informações, medos e anseios que se estabeleciam ali, naquele momento, eu cambaleava e minhas mãos estavam ociosas, sim elas estavam. Já me faltou unhas e sonos, ou sonhos. Perdi meu sono. Mas não, não é certo pensar assim, não é certo precipitar-se, nunca foi. Eu sempre dizia a minha mãe essas coisas, mas parece que agora estou experimentando, mas é bobagem, talvez seja. Assim seja. Nunca diga que é proibido caso contrario irão pregar-lhe uma peça e você pode se sair bem dessa, ou não. Engraçado. Não, não é muito engraçado, ou melhor, não tem nada de engraçado, talvez amanhã se torne, mas hoje não, não vamos rir agora será mentira, nunca gostei de falsos sorrisos, eu não preciso de falsos sorrisos, não ouse se aproximar com um deles, eu só preciso de... Hoje não, hoje são pensamentos que correm, rondam, tento afastá-los, mas sempre caio nos mesmos. Droga. Eu devia não pensar. Gosto da força sincera, conheço a força sincera, sei que ela esta aqui. Sinceridade, aceito-a com um belo sorriso SINCERO, evito viver nessas mentiras afogadas, ou melhor, recuso-me a aderi-las. Ah, somos mesmo muito tolos, não caio na armadilha do destino, não, hoje não. Fica pra amanhã, quando eu acordar.
Esboçou-me um sorriso, um sorriso torto no canto da boca, sequer deu um meio olhar sorridente. Ficava evidente o que se passava, mas ficar calada era a solução mais oportuna que me cabia, mas não o fiz. Falei, deixando-me escapulir meu coração, que saiu da boca e foi direto pro chão, pisado e esmagado sem piedade, sem uma nesga de piedade. E já chegava aquele meio sorriso torto com os dentes sem se mostrar, falando o que não saia de sua boca, mas parece que doía mais do que palavras, aquele sorriso irônico, fingido, falso. Ah por favor, não preciso disso, tenho dito. Por isso tenho meus medos tolos, sempre procurando medir as palavras terminando às vezes abolindo-as completamente, mas quando o faço sem cessar soa sem medidas.
A gente sempre sonha. Deitados ali naquele canto só nos faz sonhar. Olhar aquelas luzes nos faz sonhar. A gente constrói mundos ali e brinca neles, sem parar. Fecha os olhos e imagina futuros longos. Bobos. Cada segundo de sonho é um dia e não perdemos nenhum deles, não acordamos naquela sala e voltamos a dormir, nós brincamos no balanço e sonhamos de olhos abertos, sem deixar-se perder nenhum segundo. Amanhã estaremos vivendo o que sonhamos naquele canto. Amanhã estaremos rindo, rindo à toa do balançar do balanço que estávamos ontem, nós nunca iremos levantar e deitar em um dia, iremos sempre nos balançar, sentir a brisa, olhar as luzes, falar do azul e rir, nossos risos nunca irão nos faltar, tamanho grande que mal cabe em outros mundos, mas no nosso, no nosso ele não faltará, não há de faltar, não deixarei se ausentar em nenhum tempo, em nenhum dia, em nenhum segundo.